A Terra é constituída, basicamente, por três camadas :
- Crosta
- Camada superficial sólida que circunda a Terra. Tem, em média, de 30 a
40 km de espessura, mas pode ser bem mais fina ou chegar a até 70km.
- Manto
- Camada viscosa logo abaixo da crosta. É formada por vários tipos de
rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se em um estado
complexo que mistura materiais fundidos e sólidos e recebe o nome de
magma. Vai a 2900 km de profundidade.
- Núcleo
- É a parte central do planeta. Acredita-se que seja formado por metais
como ferro e níquel em altíssimas temperaturas. Possui duas partes :
Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem
zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades. Entre a
crosta e o manto há a
descontinuidade de Mohorovicic,
e entre o manto e o núcleo, existe a descontinuidade de Gutenberg. Os
limites dessas camadas são definidos principalmente pela
sismologia.
Esquema do interior da Terra. 1. Crosta Continental - 2. Crosta Oceânica
- 3. Manto Superior - 4. Manto Inferior - 5. Núcleo Externo - 6. Núcleo
Interno - A: Descontinuidade Mohorovičić - B: Descontinuidade Gutenberg
- C: Descontinuidade Lehmann
Estrutura
O interior da Terra, assim como o interior de outros
planetas terrestriais, é dividido por critérios químicos em :
- uma camada externa crosta de silício,
- um manto altamente viscoso, e
- um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, eletricamente condutor.
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de
erupções vulcânicas e
fendas oceânicas.
Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de
100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até
4,4 bilhões de anos.
-
Estrutura Estática
-
Estrutura Dinâmica
Tomada por inteiro, a Terra possui aproximadamente seguinte composição em massa:
Interior
O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270
K. O calor interno do
planeta foi gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente gerado pelo decaimento de
elementos radioativos como
urânio,
tório, e
potássio. O fluxo de calor do
interior para a superfície é pequeno se comparado à energia recebida pelo Sol (a razão é de 1/30k).
Núcleo
Também chamado de
Nife,
Centrosfera ou
Barisfera e, em planetas como a Terra, dada sua constituição, pode ainda receber o nome de
Metalosfera. A
massa específica média da Terra é de 5.515 quilogramas por metro cúbico, fazendo dela o planeta mais denso no
Sistema Solar.
Uma vez que a massa específica do material superficial da Terra é
apenas cerca de 3.000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir que
materiais mais densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter
uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cúbico). Em seus
primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a
Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da
gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrados para o
interior do planeta (o processo é conhecido como
diferenciação planetária),
enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a superfície.
Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por
ferro (80%), e de alguma quantidade de
níquel e
silício. Outros elementos, como o
chumbo e o
urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na
crosta.O
núcleo
é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca
de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo
sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por
ferro e um pouco de
níquel.
Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único
[cristal]] de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro
líquido e níquel líquido (a combinação é chamada
NiFe), com traços de outros elementos. Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir as
ondas sísmicas.
A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo
movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o
campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do
dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético (veja
temperatura Curie),
mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo
líquido. Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode
girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por
ano.
Manto
O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de
2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões
de atmosferas. É composto por substâncias ricas em
ferro e
magnésio.
Também apresenta características físicas diferentes da crosta. O
material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado sólido
ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao
contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão
é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço
físico do que os líquidos. Além disso, a constituição dos materiais de
cada camada do manto tem seu papel na determinação do estado físico
local. (O núcleo interno da Terra é sólido porque, apesar das imensas
temperaturas, está sujeito a pressões tão elevadas que os átomos ficam
compactados; as forças de repulsão entre os átomos são vencidas pela
pressão externa, e a substância acaba se tornando sólida; estima-se que
esta pressão seja algo em torno de 3,5 milhões de atmosferas!) A
viscosidade no manto superior (
astenosfera) varia entre 10
21 a 10
24 pascal segundo,
dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode deslocar-se
vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus
Celsius (na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Celsius (na parte que faz interface com o núcleo).
Crosta
A crosta (que forma a maior parte da litosfera, tem uma extensão
variável de acordo com a posição geográfica). Em alguns lugares chega a
atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de
profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo
por isso também chamada de
Sial. A fronteira entre manto e crosta
envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro é a descontinuidade
de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da diferença de
composição entre camadas rochosas (a superior contendo feldspato
triclínico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento é uma
descontinuidade química que foi observada a partir da obdução de partes
da crosta oceânica.
Atmosfera
A atmosfera terrestre é uma fina camada de gases presa à Terra pela
força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a vida na Terra
absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a superfície por
meio da retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo os extremos de
temperatura entre o dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra
aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito
cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera, e
que existe também em outros planetas do sistema solar dotados de
atmosfera. O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogênio,
20,95% de oxigênio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbônico e pequenas
quantidades de outros gases. O ar contém uma quantidade variável de
vapor de água, em média 1%. A atmosfera tem uma massa de aproximadamente
5 x 1018 kg, sendo que três quartos dessa massa estão situados nos
primeiros 11 km desde a superfície. A atmosfera terrestre se torna cada
vez mais tênue conforme se aumenta a altitude, e não há um limite
definido entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior. Apenas em
altitudes inferiores a 120 km a atmosfera terrestre passa a ser bem
percebida durante a reentrada atmosférica de um ônibus espacial, por
exemplo. A linha Kármán, a 100 km de altitude, é considerada
frequentemente como o limite entre atmosfera e o espaço exterior.
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